O académico moçambicano e antigo deputado da Assembleia da República, Alcido Nguenha, entende que falar da função pública é falar de uma área sistémica, complexa, dinâmica, evolutiva e que exige dos seus funcionários e agentes uma constante autocapacitação e adaptação ás novas dinâmicas institucionais.
Nguenha falava, esta segunda-feira, (19), na Assembleia da República, durante uma palestra sobre “Ética e Deontologia Profissional na Função Pública, direccionado aos funcionários e agentes parlamentares, tendo sublinhado que nesta autocapacitação são fundamentais a disciplina e a consciência individual para saber, como ser e estar num local de trabalho, criando desta forma, uma cultura de saber ser e estar em sociedade.
Segundo o académico, “vivemos num mundo extremamente complexo e cheio de incertezas, os seres humanos actualmente apenas pensam no presente, num mundo em que a irracionalidade está a ter espaço e o individualismo abala o sistema, as instituições, os partidos, surgindo desta forma um mundo fragmentado movido em parte pelas tecnologias de comunicação e informação”.
Neste contexto, o académico chama a atenção para que, num mundo dominado pelas Tecnologias de Comunicação e Informação deve-se criar capacidade de lidar com elas para evitar que não se fique vulnerável, tanto na vida das pessoas como das instituições.
A palestra orientada por Nguenha, dirigida aos funcionários parlamentares, enquadra-se no âmbito dos preparativos das comemorações de 23 de Junho, Dia Internacional da Função Pública, uma data instituída pelas Organização das Nações Unidas (ONU), e pela União Africana (UA), como forma de reconhecer, enaltecer e saudar a nobre missão dos funcionários e agentes do Estado de servir o Cidadão.
