O Governo moçambicano reafirmou, esta quarta-feira, em Maputo, a sua determinação e compromisso de continuar a desenvolver acções preventivas e interventivas para fazer face a todos tipos de crime, tais como assassinatos, raptos, roubos, de entre outros males sociais que afectam a sociedade moçambicana e que põem em causa o processo de desenvolvimento do País.

Esta garantia é do Primeiro Ministro (PM), Adriano Maleane, quando falava, na Assembleia da República, na sessão reservada as perguntas ao governo, tendo frisado que no âmbito do combate ao crime organizado, está em curso a criação da Unidade anti-rapto, cuja materialização vai obedecer primeiro, a selecção dos agentes para a referida Unidade, a segunda a especialização do efectivo seleccionado e em terceiro lugar mobilização do equipamento técnico consentâneo.

“Enquanto decorre o processo conducente à institucionalização da unidade especializada, brigadas operativas especificas da Policia da Republica de Moçambique (PRM) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal(SERNIC) estão empenhadas no enfrentamento deste crime”, disse o PM sublinhando que no quadro destas acções operativas que do total de 28 casos registados no período de 2021 até ao presente momento, 15 casos foram totalmente esclarecidos, representando um nível de desempenho na ordem de 56,6 por cento.

Respondendo a diversas perguntas endereçadas pelas bancadas parlamentares da FRELIMO, da RENAMO e do MDM, ao Governo moçambicano, o PM falou de diversas acções levadas a cabo pelo executivo em diferentes áreas socioeconómicas do País.

A título ilustrativo, o Primeiro ministro moçambicano disse que, na área de incentivo à produção, foi constituído um Fundo de Garantia Mutuária, com um capital de 300 milhões de dólares norte-americanos para servir de garantias e facilidades de crédito, sobretudo para as micro, pequenas e médias empresas.

“Ainda no contexto do incentivo à produção agrária temos vindo a encorajar os operadores do sector privado para apostarem na comercialização de excedentes, bem como a intervirem activamente na sua cadeia de valor e no agro-processamento”, disse o PM e salienta que o governo está convicto que  “se continuarmos focalizados no aumento da produção agrária, em toda sua cadeia de valor, desde a produção, agro-processamento e comercialização, iremos aumentar a autossuficiência alimentar, emprego e renda, e, consequentemente, elevar o poder de compra de cada cidadão moçambicano”.

Segundo afirma, a aposta deve ser no sentido de assegurar que cada um, na sua esfera de actividade, produza mais e de forma eficiente, com base nos recursos disponíveis porque só desta forma é que iremos ter a inflação sob controlo, um dos principais indicadores de medição do nível do custo de vida.

Na área da saúde, o PM disse que o Governo continua a desenvolver acções por forma a garantir maior acesso e melhoria da qualidade na prestação de serviços à população, apostando na construção, reabilitação, requalificação e apetrechamento das unidades sanitárias em material e profissionais de saúde.

“No âmbito da Iniciativa Presidencial “Um Distrito, Um Hospital”, concluímos a construção dos hospitais dos distritos de Mulevala na província de Zambézia, Machaze na província de Manica, Buzi na província de Sofala, Jangamo na província de Inhambane e Bilene na província de Gaza”, disse sublinhando  do PM para quem a grande aposta do Governo é apetrechar as unidades sanitárias, sobretudo, numa primeira fase, os hospitais centrais e provinciais, de equipamentos médicos como é o caso de aparelhos de ressonância magnética e TAC com o objectivo de garantir a equidade e melhorar o acesso ao diagnóstico imagiológico a toda a população moçambicana.