O Presidente do Grupo Nacional da Assembleia da República de Moçambique na Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (AP-CPLP), Sérgio Pantie, disse que a responsabilidade dos países da CPLP é acrescida, pois, se coloca nela vários desafios, entre os quais, os conflitos, as alterações climáticas, o desarmamento, a pobreza extrema, abrandamento da economia internacional e o seu impacto na criação de empregos.
O deputado Pantie, que falava, esta sexta-feira (05), na sede do Parlamento, em Maputo, durante a abertura oficial da Reunião dos Presidentes dos Grupos Nacionais da AP-CPLP, explicou que não é possível vencer as crises que assolam o mundo através de iniciativas unilaterais, que contrariam a busca de soluções eficazes, rápidas, colectivas e sustentáveis.
“No âmbito da contínua cooperação e solidariedade entre os países da CPLP, o multilateralismo deve ser uma das principais bandeiras da política externa, havendo perigos de um mundo em que o multilateralismo é esquecido, o que pode hipotecar o futuro da juventude e das gerações vindouras”, frisou Pantie.

No que concerne ao terrorismo, Pantie afirmou que se trata de um fenómeno que ameaça a paz e a estabilidade global, tendo apelado à contínua cooperação internacional como um imperativo para a sua erradicação, a bem da humanidade.
“Nesta senda, Moçambique tem pautado pela promoção do diálogo, paz e segurança internacionais, sendo este o espírito que orienta a sua acção como Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das nações Unidas, cuja presidência rotativa esteve a seu cargo no passado mês de Março”, disse o Presidente do Grupo Nacional junto a CPLP.
Na ocasião, Pantie agradeceu o apoio que o País tem vindo a receber dos parceiros internacionais de cooperação com destaque o da CPLP, no que concerne ao combate ao terrorismo em Moçambique.
Num outro desenvolvimento, Pantie disse que Moçambique foi, recentemente, assolado pelo Ciclone Freddy, e como forma de prevenção e redução do impacto do ciclone, o Governo de Moçambique adoptou várias medidas de monitoria e prevenção para redução da vulnerabilidade das populações expostas ao risco.
“Para além das medidas adoptadas, a ocorrência do Ciclone Freddy, para além de perdas humanas em cerca de 240 mortos, o fenómeno causou a destruição severa de infra-estruturas públicas e privadas e colocou as populações em situação de crise humanitária, aumentando, deste modo, os riscos de saúde pública, com o surgimento de casos de saúde públicas de origem hídrica, como é o caso de cólera, o que necessita de uma assistência urgente das junto das nossas populações e de outras instituições”, sublinhou Pantie.
Refira-se que a Reunião de Maputo, de um dia, tinha como objectivo, a preparação da reunião dos Presidentes da Assembleia Parlamentar CPLP, a ter lugar no próximo mês de Junho, na Guiné Equatorial.