O Governo moçambicano garantiu, esta quarta-feira, no parlamento, que está em curso o desenho de uma estratégia de acções para intervenção imediata na Estrada Nacional Número Um (EN1), que liga as zonas norte, centro e sul do País, com vista a melhoria da sua transitabilidade que se encontra numa situação de degradação considerada preocupante, constituindo um desafio para a circulação de pessoas e bens.

A garantia foi dada pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, que respondia solicitação da Bancada Parlamentar da FRELIMO sobre investimentos em curso e em perspectiva na área de estradas, tendo sublinhado que as acções de intervenção consistem nas reparações localizadas de secções mais críticas, das quais já em curso com o financiamento do Orçamento do Estado.

“Paralelamente às acções imediatas, o Governo redobrou os seus esforços buscando soluções, junto dos seus parceiros de desenvolvimento para realizar acções de curto e médio prazos, que consistirão na reabilitação dos troços Pambara-Rio Save, Rio Save-Inchope-Caia-Nicoadala, Rio Lúrio-Metoro-Pemba, totalizando 1053 km”, disse Mesquita, sublinhando que estes trabalhos serão subdivididos em três fases, sendo a primeira que compreenderá a reabilitação de 414 km, dos troços: Inchope-Gorongosa (70 km), Gorongosa-Caia (168 km) e Chimuara-Nicoadala (176km).

A segunda fase será caracterizada pela reabilitação de 345 km, dos troços: Rio Save-Múxunguè (110km); Muxúnguè-Inchope (77.5km) Gorongosa-Caia (84km) e Rio Lúrio-Metoro (74km) enquanto a terceira fase será a reabilitação de 293,5 km dos troços: Pambara-Rio Save (122 km); Muxungue-Inchope (77.5 km) e Metoro-Pemba (94km).

“Deste faseamento, depreende-se que os troços Gorongosa-Caia e Muxúnguè-Inchope serão intervencionados em duas fases”, explicou o governante para quem ainda no processo de reabilitação da EN1, o Governo vai priorizar a componente da segurança rodoviária bem como vai assegurar a participação de pequenas e médias empresas nacionais na manutenção.

O governante garantiu ainda que o Executivo está ciente da situação da estrada e por essa razão, “tudo faremos para que a mesma volte a desempenhar o seu papel de garantir os níveis de circulação de pessoas e bens de forma satisfatória”. 

Quanto às estradas, Zero-Murrumbala, Bene-Zumbo, Muxúnguè-Machaze-Mossurize, Mapinhane-Phafuri e Moamba-Magude, o governante explicou que as mesmas constituem também prioridade do Governo, tanto é assim que a maior parte delas faz parte do seu Programa Quinquenal do Governo.

“A nossa perspectiva é que algumas destas estradas, sejam desenvolvidas em parceria com o Sector Privado, e, este é caso da estrada Mapinhane-Phafuri, sobre a qual temos estado em contacto com os interessados”, disse acrescentando que com a implementação dos diversos programas de manutenção reabilitação, asfaltagem de estradas e pontes, para além da melhoria das condições de circulação de pessoas e bens, foram gerados cerca de 17.300 postos de emprego, nas zonas de influência e implementação dos projectos.

Ministro das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita