A Assembleia da República (AR) insta as empresas nacionais a serem cotadas na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) de modo a beneficiarem das vantagens que esta instituição oferece no âmbito da diversificação das alternativas de financiamento.

O pedido foi expresso, esta terça-feira (10), pelo Presidente da Comissão do Plano e Orçamento (CPO), António Rosário Niquice, durante uma visita de trabalho que o grupo que dirige realizou à sede da BVM, no âmbito da fiscalização e supervisão parlamentar.

Segundo Niquice, o parlamento moçambicano está interessado em ver a BVM, no âmbito das suas competências, a mobilizar cada vez mais empresas nacionais a estarem cotadas de modo a alcançarem os seus propósitos sem muitos sobressaltos.

ʺA Bolsa de Valores de Moçambique tem um papel extremamente importante no sentido particular de atrair as pequenas medias empresas a estarem cotadasʺ, disse o deputado Niquice, vincando a necessidade da AR e a BVM estarem em sintonia na concretização de projectos de investimento e expansão das empresas moçambicanas.

O Presidente da CPO realçou que as preocupações deduzidas pelo grupo de deputados que dirige advém das constatações obtidas nas visitas efectuadas ao sector empresarial participado pelo Estado, tendo frisado que ʺalgumas ainda não cotadas na BVMʺ.

O deputado Niquice instou a direcção da BVM a necessidade de mobilizar as empresas moçambicanas a internacional as suas marcas para obter maiores ganhos.

Por seu turno, o Presidente da BVM, Salim Cripton Valá, mostrou preocupado com o facto da maioria das empresas moçambicanas não estarem cotadas na BVM, tendo revelado que presentemente apenas cinco (5) estão cotadas.

Depois de enaltecer a pertinência da visita parlamentar à instituição que dirige, Vala explicou que a BVM tem como principais desafios, entre outros, a cotação de mais empresas para o mercado accionista e obrigacionista, o aumento da capitalização bolsista e o crescimento do funcionamento ao sector privado.

Criada pelo Governo em 1998, a BVM é uma praça financeira de preferência na oferta de produtos e serviços no mercado de capitais e tem como propósito diversificar as alternativas de financiamento, promover a captação da poupança e direccionar a poupança para o investimento produtivo.