A Comissão do Plano e Orçamento (CPO) enalteceu o trabalho desenvolvido pela Silos e Terminal de Graneleiros da Matola ﴾STEMA) no manuseio e conservação de cereais que contribuem para a segurança alimentar no tempo de escassez e secas no país, tendo recomendado a necessidade de aprimoramento do seu plano de negócios para fazer face as demandas nacionais e regionais.
Este posicionamento surgiu durante uma visita de trabalho que a CPO efectuou, esta segunda-feira (09), aquela empresa, no âmbito do seu trabalho de fiscalização e supervisão parlamentar.
Na ocasião, os parlamentares encorajaram a necessidade de a STEMA criar sinergias que visem maior articulação com os produtores nacionais para que se assegure uma autonomia alimentar no país.
De acordo com o Presidente da CPO, António Niquice, sendo uma empresa com grande potencial, os desafios que a mesma apresenta têm enquadramento na área da modernização para capitalizar o seu poder económico a escala regional, liderando o mercado na logística de cereais.
“É importante estimularmos as exportações para que possamos equilibrar a balança de pagamento que já é deficitária”, disse Niquice para quem a STEMA pode, estrategicamente, desempenhar melhor este papel alimentando a compulsão nacional naquilo que é a demanda dos outros potenciais mercados ao nível regional.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração ﴾PCA﴿ da STEMA, Arlindo Chilundo, disse que a empresa se encontra preparada e com condições criadas para suprir com a demanda da subida do preço do pão que se verifica no pais.
“Recebemos nesta semana um navio e na próxima semana receberemos outro navio e mais um antes do fim do mês corrente, portanto, fazemos um apelo as moageiras para que possam reportar o mais rápido possível através dos canais tradicionais, para que o país possa ter um stock de trigo necessário para que o preço do pão não suba tanto”, frisou o PCA.
O PCA da STEMA destacou a importância de aliar-se às empresas moçambicanas de camionagem e todos aqueles que têm alguma actividade na área de logística, incluindo nos transportes e, também, com as alfândegas e a Autoridade Tributária para que se torne líderes a nível do continente Africana em termos de logística.
“Gostaríamos que houvesse maior flexibilização ao nível da fronteira e mais parceiros que ajudassem a empresa a fazer o upgrade do equipamento, tendo em conta que temos neste momento cerca de 26% dos nossos equipamentos que está a operar em estado de obsolescência, ao que necessita de um investimento para aquisição de equipamentos modernos”, disse Chilundo, acrescentando que a STEMA se encontra numa perfeita localização em relação a África do Sul, E-Swatini e ao Zimbabué com um sistema integrado para escoamento de produtos tanto pelo Cais, “onde temos a recepção de navios para o escoamento. Temos também a linha férrea que permite também poder receber cereais ou leguminosas por via de vagões, bem como a camionagem entre outros atributos para podermos ser líderes na África Austral”.
