O deputado moçambicano e Presidente da Comissão de Política, Estratégica, Cidadania e Circulação da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), Sérgio Pantie, apelou aos membros da AP-CPLP para que advoguem e sensibilizem os respectivos governos, para que continuem o seu apoio à eleição de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O deputado Pantie, que falava esta sexta-feira (22), em Maputo, durante a abertura da Reunião da Comissão de Política, Estratégica, Legislação, Cidadania e Circulação da AP-CPLP, explicou que Moçambique decidiu apresentar a sua candidatura ao Assento de Membro não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o mandato de 2023 a 2034.
“Esta candidatura insere-se na grande importância que Moçambique atribui à paz e à segurança institucionais, condições básicas e essenciais para um mundo pacífico e focado na agenda do desenvolvimento”, sublinhou Pantie.
Num outro desenvolvimento, o deputado Pantie disse que Moçambique tem sido alvo do terrorismo, caracterizado por assassinatos de cidadãos indefesos, decapitando e esquartejando as vítimas; raptos; principalmente de mulheres e crianças, destruição e vandalização de infra-estruturas publicas e privadas, movimentação de pessoas das suas zonas de origem, resultando numa grave crise humanitária em algumas regiões da Província de Cabo Delgado.
De acordo com o deputado Pantie, “estas acções dos terroristas já causaram a morte de mais de 2000 mil pessoas e a deslocação de quase um milhão de cidadãos dos seus locais de residência e de produção em busca de locais mais seguros”.
“Graças a bravura das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e a presença, no terreno, da Forca de Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e das Forças Armadas do Ruanda e de outros países que a nível bilateral e multilateral tem ajudado o nosso Pais a fazer face ao terrorismo, foi possível recuperar os distritos outrora ocupados pelos terroristas, a vida nesses locais esta a voltar aa normalidade”, explicou o parlamentar.
O evento com duração de dois dias, tem como objectivo passar em revista a situação sobre o Acordo da Sede entre a República de Angola e a CPLP sobre o estabelecimento do Secretariado Permanente da CPLP e debater sobre a forma de pagamento das contribuições financeiras para a instalação e funcionamento do Secretariado Permanente da AP-CPLP, bem como passar em revista a situação sobre a remuneração dos estatutos da Assembleia Parlamentar da CPLP.
Participam na reunião de Maputo deputados de Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Guiné Equatorial, bem como do país anfitrião, Moçambique.
