A delegação parlamentar mandatada pela Comissão Permanente da Assembleia d República para aferir os estragos provocados pelo ciclone Gombe,  na Província da Zambézia, constituída pelas comissões de Agricultura, Economia e Ambiente (5a Comissão) e dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social(3ª Comissão)  entende que o nível de destruição da rede rodoviária, causada pelo ciclone Gombe, pode dificultar a alocação de medicamentos, distribuição do livro escolar e retardar o desenvolvimento da economia na Província da Zambézia.

Esta constatação foi feita, na última segunda (29), durante uma reunião do balanço de trabalho que os parlamentares mantiveram com o Comité Operativo de Emergência da Província de Zambézia, no âmbito da avaliação do impacto causado pela passagem do ciclone tropical Gombe naquela Província.  

“As infra-estruturas rodoviárias são fundamentais para a circulação de pessoas e bens e, é no nosso entendimento que se deve avaliar a possibilidade de se usar a experiência de 2015 que foi possível recuperar os níveis de transitabilidade da província e induzir uma outra dinâmica a nossa economia”, sublinhou o deputado Momade Juízo, que chefiava a delegação parlamentar.

De acordo com o Deputado Juízo, que é, igualmente Presidente da 5ª Comissão, com o nível de destruição das infra-estruturas, sobretudo a rede rodoviária, vai afectar a produção que se espera ao nível da Província, “pois haverá dificuldades para o escoamento de produtos agrícolas, isto vai certamente comprometer negativamente a economia da província da Zambézia”.

“As constatações preliminares que foram aqui avançadas terão que ser acrescidas, em razão de termos apercebido que o nível de destruição é tão vasto, e que vale apenas olhar a província na sua plenitude e sendo assim, nós gostaríamos de recomendar que se faça um levantamento exaustivo das vias de acesso devidamente destruídas para podermos ter de forma geral a situação de transitabilidade ao nível da província”, frisou o parlamentar.

O Deputado Juízo explicou que as infra-estruturas contribuem para dinamizar desenvolvimento socioeconómico de um país, “daí que nós achamos que os níveis de produção que se esperam ao nível da província e se tivermos a rede viária como está, terão dificuldades de escoamento de produtos”.

Fazendo o balanco da visita, o Presidente da 5a Comissão disse que, no geral “saímos bastantes satisfeitos porque as populações foram unânimes ao afirmar que têm o apoio e continuam a ter assistência do nosso Governo e dos parceiros de cooperação”.

“Gostaríamos em nome desta população agradecer às nossas autoridades por este esforço que está sendo feito”, sublinhou o parlamentar apelando que a assistência deve continuar porque ainda existe, por exemplo, no Distrito de Namacurra, a população que se encontra isolada e o seu contacto só é feito apenas por via marítima, mas há necessidade de se fazer esforço para garantir que sua assistência continue.