Os deputados das Comissões dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social (3ª Comissão) e da Agricultura Economia e Ambiente (5ª Comissão) manifestaram, esta segunda-feira, em Nampula, a sua satisfação pela desactivação dos centros transitórios que acomodavam as populações vítimas de ciclone Gombe, e a consequente retoma das aulas em diversos pontos da provincial de Nampula.

O Governo da Província de Nampula recorreu às escolas para acomodar as pessoas cujas casas foram afectadas pelo ciclone Gombe, uma medida que condicionou a realização de aulas nestes estabelecimentos de ensino, sobretudo nos distritos mais afectados como são os casos de Ilha de Moçambique, Mogovolas e Monapo, este último visitado, esta segunda-feira (28), pelos deputados da Assembleia da República.

“Queremos, por isso, congratular e encorajar ao Governo da Província de Nampula e aos parceiros de cooperação pelo trabalho desenvolvido em prol da mitigação dos efeitos devastadores do ciclone Gombe e apelar para que continuem a desenvolver acções tendentes a reduzir o impacto deste desastre”, disse a chefe da delegação parlamenta, Lúcia Mafuiane, que falava durante uma conferencia de imprensa organizada para o balanco de actividades da delegação.

Na ocasião, a deputada disse que os problemas prevalecentes reportados pelos distritos assim como pela província, que ultrapassam a sua capacidade de resolução serão canalisados pelo parlamento ao governo central para que encontrar de forma célere alguma solução.

“Nós, na qualidade de mandatários do povo iremos sensibilizar tanto o governo como os parceiros de cooperação para continuar a procurar formas e fundos para ajudar a população afectada pelo ciclone Gombe”, garantiu.

Mafuiane chefiava uma delegação parlamentar mandatada pela Comissão Permanente da Assembleia da República para deslocar-se a Província de Nampula para no terreno aferir os estragos provocados pela passagem do ciclone Gombe e as condições em que vivem actualmente as populações afectadas bem como visitar as infra-estruturas destruídas pela intempérie.

No entanto, dado globais indicam que o ciclone Gombe afectou mais de 600 mil famílias, 70 mil casas e 1400 salas de aulas totalmente destruídas bem como 44 mil hectares de culturas diversas perdidas, para além de que continua a intransitabilidade em alguns troços como são os casos da ponte sobre o rio Mutacaze e a ponte sobre o rio Ampuissa   distrito de Larde e ivati.

“Notamos a existência de défice de que os hospitais precisam de mais tendas para fazer face aos serviços de saúde, por isso apelamos ao governo para providenciar mais tendas não somente para os hospitais, mas também para as escolas que perderem seus tectos sobretudo para os alunos que tem exames”, disse Mafuiane avaliado de positivo o trabalho efectuado pelo governo ma mitigação do sofrimento das populações.

ponte sobre o rio ampuissa, em Monapo