A Comissão do Plano e Orçamento (CPO) mostrou-se preocupada com o nível de endividamento da empresa de telefonia móvel, Moçambique Telecom (TMcel) avaliada em cerca de 340 milhões de dólares norte-americanos.

Este sentimento foi expresso durante uma visita de trabalho que aqueles parlamentares efectuaram, esta segunda-feira, à TMCEl tendo como objectivo inteirar-se sobre o funcionamento e situação financeira daquela empresa que resulta da fusão das extintas Telecomunicações de Moçambique e a Moçambique Celular.  

De acordo com o Presidente da CPO, António Niquice, a TMCEL deve continuar a aplicar todo o seu valor e conhecimento para gerar mais rendimentos e garantir que cidadãos das zonas recônditas se comuniquem com todo o mundo.

O Presidente do Conselho de Administração da TMCEL, Mahomed Rafique, disse, por sua vez, que desde o ano de 2017 que a empresa não recebe nenhum centavo do Estado para o seu financiamento.

 “Chegamos a conclusão de que não receberíamos nenhum valor do Estado”, disse Rafique, acrescentando que “por isso, pedimos que o Estado financie a TMCEL no valor de 640 milhões de meticais que as instituições de comunicação devem à empresa”.

O PCA da TMCEL afirmou ainda que “não estamos tao mal assim” apesar da prevalência da dívida antiga de cera de 340 milhões de dólares ao Banco Internacional de Moçambique (BIM)

“Para reverter esta situação, a nossa ideia é reduzir de uma forma voluntária o pessoal sobretudo o antigo para que possamos garantir o pleno funcionamento da empresa sem elevados encargos com o pessoal”, disse o PCA para quem o pessoal que não for dispensando devera ser submetido a requalificação e formação para atender as demandas actuais da empresa.

A TMCEL paga, segundo Rafique, cerca de 120 milhões de Meticais aos trabalhadores e com o redimensionamento passará a pagar 70 milhões de Meticais.