O Governo moçambicano prevê para o presente ano de 2022 concluir a construção de cinco hospitais distritais em Montepuez, Cabo Delgado; Sussundenga, em Manica; Búzi, em Sofala; Mopeia, na Zambézia; e Matutuine, na Província de Maputo, bem como dois Hospitais Gerais, sendo um na Beira e outro em Nampula.
Segundo o Primeiro-Ministro ﴾PM﴿, Adriano Afonso Maleiane, no âmbito da expansão do acesso a energia neste período, o Executivo vai efectuar cerca de 500 mil ligações domiciliárias de energia através da rede nacional e de sistemas isolados, assim como a electrificação de mais 77 Postos Administrativos.
Falando esta quarta-feira ﴾09﴿, na sede do Parlamento, em Maputo, durante a Sessão de Informações do Governo, Maleiane disse que, no campo do abastecimento de água, o Governo vai reabilitar e expandir mais 15 sistemas nas cidades e vilas, 24 nas zonas rurais e proceder a 23 mil ligações domiciliárias de água nas cidades e vilas.
“No âmbito da indústria, prevemos a entrada em funcionamento de duas fábricas de ração, uma na província da Zambézia e outra na província do Niassa”, afirmou o PM, acrescentando que “no âmbito da indústria extractiva, vai iniciar a exploração do gás natural liquefeito na bacia do Rovuma e a continuação da construção da unidade de produção de gás de cozinha em Temane, na província de Inhambane”.
No âmbito da reforma e desenvolvimento da Administração Pública, Maleiane explicou que o Executivo vai regulamentar e aplicar as Leis referentes a revisão do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado; Previdência Social Obrigatória dos Funcionários e Agentes do Estado e de Definição de Regras e Critérios de Fixação de Remuneração na Administração Pública (Lei da Pirâmide Salarial).
Para revitalizar a actividade económica e comercial, o PM informou que o Governo lançou uma linha de crédito no valor de 35 milhões de Meticais para apoiar as Micro, Pequenas e Médias Empresas, em particular os pequenos negócios da população afectada.
“No quadro da recuperação e dinamização da actividade produtiva, estamos a distribuir kits de insumos agrícolas e pesqueiros às famílias afectadas, tendo em conta que estas são as principiais fontes de subsistência e rendimento da maioria da população dos distritos do norte de Cabo Delgado”, frisou Maleiane.
Maleiane destacou ainda que nos primeiros meses deste ano, Moçambique foi assolado pela tempestade tropical Ana, depressão tropical Dumako, queda de chuvas intensas, inundações e cheias que tiveram maior incidência nas províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Sofala, Manica e Gaza.
“Em termos de danos humanos, estes eventos climatéricos afectaram cerca de 272 mil pessoas, assim como causaram 75 óbitos e 251 feridos”, afirmou o PM, sublinhando que “para minorar o sofrimento da população afectada a nível interno e aquela que se refugiou no Malawi, garantimos a assistência humanitária em bens alimentares e não alimentares, incluindo assistência sanitária nos centros de acomodação”.
Relativamente as infraestruturas, Maleiane explicou que os eventos climatéricos extremos destruíram total ou parcialmente cerca de 41 mil casas, 1.200 escolas, 2.700 salas de aulas, 34 unidades sanitárias, 214 postes de energia e 17 pontes e pontecas, bem como afectaram a transitabilidade de cerca de 4 mil quilômetros de estradas.
Para garantir o restabelecimento da transitabilidade nas vias rodoviárias afectadas,a acçãodo Executivoestá centradana realização deobras de emergência que permitiram estabelecer as ligações entre os distritos de Memba e Nacala-a-Velha; assim como entre Liupo e Larde, na província de Nampula; as ligações aos distritos de Lugela, Maganja da Costa, Namarroi e Gilé,na província da Zambézia; as ligações aos distritos de Doa, Mutarara, Mágoè e Macanga, na provincia de Tete; e a reposição da circulação no troço Lichinga/Litunde na Estrada Nacional número 14, na provincia de Niassa.
“Essas e outras acções de reconstrução de emergência já estão a permitir o restabelecimento da transitabilidade das estradas afectadas e, por conseguinte, a circulação de pessoas e bens” concluiu o PM.
