A Primeira-Ministara (PM), Maria Benvinda Levi, afirmou que, para o alcance das metas previstas na Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDE) 2025-2044, é crucial que os diferentes segmentos da sociedade moçambicana se apropriem deste instrumento e participem activamente na sua efectiva materialização.
Falando esta quarta-feira (23), na sede do Parlamento, em Maputo, durante a apresentação da Proposta da ENDE 2025-2044, Levi explicou que a materialização dos programas, subprogramas e acções previstas na ENDE irão permitir que o país alcance, em 2044, de entre outros, uma taxa média de crescimento do PIB, incluindo gás, de 10.5% contra 1.85% em 2024; um Produto Interno Bruto (PIB) per capita, incluindo gás, de mais de 2.100,00 dólares norte-americanos contra os actuais 662 dólares norte-americanos.
Segundo a governante, a materialização da ENDE permitirá, igualmente, que o País alcance, em 2044, de uma taxa de desemprego de 10.5% contra os actuais 18.4%; uma taxa de inflação média anual de 2% contra os actuais 3.2%; um Índice de Desenvolvimento Humano de 0.74 contra os actuais 0.45; e uma redução da proporção da população que vive abaixo da linha da pobreza para 27.9 % contra os actuais 65%.
“É nossa convicção de que unidos é que poderemos avançar seguros e com determinação rumo a um desenvolvimento económico e social sustentável, inclusivo, equitativo e justo”, disse Levi para quem, através da ENDE, os moçambicanos procuram definir o caminho que querem trilhar para garantir que o País seja de renda média e próspero, tendo como principais prioridades a manutenção da paz, segurança, estabilidade, equidade, justiça e uma economia diversificada e competitiva.
A PM explicou que o documento surge como tentativa de resposta aos desafios endógenos e exógenos que o nosso país enfrenta e visa capitalizar as oportunidades, vantagens comparativas e competitivas de que dispomos, com vista ao alcance de um desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente.
Ela ressalvou que o processo de elaboração deste instrumento iniciou em 2021 e conheceu várias etapas, sendo de destacar a auscultação pública a nível nacional; harmonização e apreciação pelos vários segmentos da sociedade; divulgação pública através das plataformas digitais do Governo e submissão à Assembleia da República para respectiva apreciação e aprovação.
“Tratou-se de um processo longo e amplamente participativo, que permitiu colher e aglutinar, o máximo possível, as propostas, sugestões e entendimentos dos diferentes segmentos da sociedade moçambicana no que concerne as prioridades e o caminho a seguir rumo ao desenvolvimento inclusivo e sustentável do nosso país nos próximos 20 anos”, frisou Benvinda Levi.