O Executivo moçambicano afirma que, com o seu programa governação para o presente ciclo (2025/2029), a ser aprovado pela Assembleia da República, pretende-se combater a pobreza, as desigualdades sociais e as assimetrias regionais, assim como promover o desenvolvimento económico inclusivo e estabelecer os alicerces para a independência económica do país.

“As nossas políticas, estratégias, programas e acções prioritárias irão centrar-se na aceleração do crescimento económico inclusivo e sustentável, diversificação da economia, criação de empregos, modernização de infraestruturas e gestão racional e rentável dos recursos naturais, em benefício da população moçambicana”, salientou o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Crípton Valá.

Intervindo, esta quarta-feira (9), na Assembleia da República, durante a Sessão de Informações do Governo, Valá acrescentou que para a prossecução deste objectivo central, o Executivo colocou no topo das prioridades as áreas da Agricultura, Pecuária e Pescas; Indústria; Recursos Minerais, Hidrocarbonetos e Energia; Turismo; Transportes e Logística; Educação; Saúde; Água e Saneamento; Habitação; e Emprego.

No âmbito da implementação das medidas e acções das áreas prioritárias, o Governo vai apostar na manutenção da paz e segurança, reforço do capital humano, estabilidade macroeconómica, digitalização e inovação tecnológica. “Apostaremos, igualmente, no desenvolvimento e modernização de infraestruturas integradas e resilientes, de modo a fortalecer as ligações entre os diferentes sectores socioeconômicos, o que irá concorrer para a criação de condições para o aumento da produção e produtividade a nível nacional”, disse o Ministro da Planificação e Desenvolvimento.

Segundo Valá, a estratégia de operacionalização do programa de governação será faseada e centrada, nos primeiros dois anos, na implementação de acções que visam garantir a estabilização social e económica do país, através da concentração de investimentos em infraestruturas de apoio à produção, logística e nas áreas sociais, tais como educação e saúde.

“Com esta abordagem queremos assegurar a criação de condições para que o nosso país tenha pilares sólidos, sobre os quais estará assente o processo de reconstrução e relançamento da economia, que irá focalizar-se na melhoria do ambiente de negócios, consolidação dos sectores produtivos, expansão e melhoria da prestação de serviços públicos aos cidadãos”, frisou o governante.

Num outro passo da sua intervenção, Valá disse que uma das estratégias a adoptar para reduzir o custo de vida vai depender do aumento da produção e da produtividade nos sectores tradicionais da economia, com realce para agricultura, pesca, turismo, indústria transformadora e serviços diversos, actividades nas quais participam a maior parte das famílias moçambicanas e onde existe potencial elevado de crescimento no futuro.

“Nessa perspectiva vamos potenciar os pequenos produtores para usaram novas tecnologias, promover o acesso aos mercados, capacitá-los e prover insumos de produção, por forma a tornarem-se actores económicos rentáveis e mais orientados para o mercado”, sublinhou Valá, vincando que “vamos potenciar a investigação, a extensão, a investigação as incubadoras de empresas e os parques industriais e tecnológicos, tendo em vista o processamento nacional das matérias-primas, agregando valor nos recursos naturais, que devem ser explorados em benefício da população moçambicana”.