A Bancada Parlamentar da RENAMO considera as celebrações dos 30 anos da Assembleia Multipartidária como um marco da jovem democracia moçambicana que, pela primeira vez, em 1994, realizou as primeiras eleições multipartidárias e, consequentemente, constituição da primeira Assembleia da República Multipartidária.
Esta informação foi tornada pública, esta quinta-feira, dia 08, na Assembleia da República (AR), pelo Vice-Chefe desta Bancada Parlamentar, Alfredo Magumisse, tendo acrescentado que “a reconciliação e a inclusão se faz com actos e não com palavras”.
Falando durante a sessão solene de encerramento da X Sessão Ordinária da X Legislatura, o Vice-Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO afirmou que estas celebrações são uma das maiores conquistas de todos os moçambicanos, fruto do Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, a 4 de Outubro de 1992.

“É justo dizermos que esta conquista se deveu à RENAMO, orientada pela visão clara de André Matade Matsangaisse e Afonso Macacho Marceta Dhlakama, os fundadores da Resistência Nacional Moçambicana que em tempos difíceis da nossa história, foram inspirados para que hoje todos moçambicanos gozem das liberdades política, de manifestação, de reunião, religiosa e muito mais, sendo motivo de orgulho nacional”, destacou Magumisse.
O Vice-Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO sublinhou que “celebramos os 30 anos da nossa Assembleia da República com júbilo, embora entre nós haja falácias em discursos que tentam pejorar, denigrir e manipular a opinião e mentes públicas sobre as profundas razões do surgimento da Resistência Nacional Moçambicana”.
“Essa avidez dos outros enche-nos de orgulho e fortalece a nossa coragem na contínua e persistente luta para a conquista permanente destes valores democráticos, mais consentâneos com a nossa realidade, mantendo a qualidade, internacionalmente aceitável”, frisou Magumisse.
Magumisse destacou ainda que “o momento mais alto da luta da RENAMO, iniciada no longínquo ano de 1976, não só é a Assembleia da República multipartidária, mas também a aprovação da Constituição da República de Moçambique de 2004, uma Constituição que resultou de um consenso amplo entre as forças políticas e vivas do país”.
“Esta Constituição da República, apesar de várias emendas e alterações, é das mais modernas, que espelha um nível de organização de um Estado Tripse, isto é, com três poderes distintos, mas cooperadores no seu funcionamento, falo do Executivo, Legislativo e o Judicial”, sublinhou Magumisse.
No entender de Magumisse, “aprovação desta Constituição da República, com estes poderes, foi a consagração do pensamento ideológico dos nossos entes queridos presidentes André Matade Matsangaisse e Afonso Macacho Marceta Dhlakama. Por isso, e desde já, queremos convidar os estudiosos, intelectuais, escritores e outras forças vivas da sociedade para que conheçam melhor a RENAMO, André Matade Matsangaisse e Afonso Macacho Marceta Dhlakama, investigando os seus actos, valores, discursos e contribuições documentadas, não se esquecendo que esta Magna Casa é uma das obras destes homens”.