A Bancada Parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MAM) apela aos órgãos eleitorais, a Polícia e o Conselho Constitucional maior responsabilidade e imparcialidade para que as eleições de 09 de Outubro sejam livres, justas, transparentes e que a vontade popular expressa nas urnas seja respeitada.

O apelo foi feito, esta quinta-feira, dia 08, na Assembleia da República (AR), durante a Sessão Solene de Encerramento da X Sessão Ordinária da X legislatura, pelo Porta-voz desta Bancada Parlamentar, Fernando Bismarque.

Segundo Bismarque, a Bancada Parlamentar do MDM espera que a campanha eleitoral decorra em ambiente de paz e tolerância política e deseja aos deputados, seus pares, um bom regresso aos círculos eleitorais. “Aos funcionários parlamentares, pessoal de segurança e de limpeza, uma palavra de agradecimento pelo trabalho e apoio prestado ao longo da Legislatura”.

O Porta-voz da Bancada Parlamentar do MDM acrescentou que “o país e o mundo testemunharam, com tristeza, os casos mais flagrantes da miséria no sector da saúde, caracterizada pela falta de gesso, de chapas de Raio X nos hospitais e mau atendimento que têm resultado em mortes e roubo de bebés nas maternidades”.

O deputado acrescentou que perante o desmantelamento dos sectores sociais mais importantes, a incompetência declarada com as sucessivas greves dos médicos e professores, é curioso que nenhum ministro foi demitido.

O porta-voz da Bancada Parlamentar do MDM sublinhou que “ao longo dos cerca de 10 anos do ciclo de governação prestes a findar testemunhamos a degradação da qualidade do sector de educação, como resultado da péssima qualidade dos manuais, atraso na distribuição de livros escolares, das turmas numerosas e das precárias condições de trabalho dos professores, aliado as dívidas que resultam das horas extraordinárias. Nenhum país do mundo pode alcançar índices de desenvolvimento humano com uma educação miserável”.

Relativamente ao sector da saúde, Bismarque disse que “assistimos nos últimos anos a degradação acentuada, chegando-se ao ponto de faltar medicamentos básicos nos hospitais, o desmantelamento das farmácias públicas, a falta de reagentes e outros consumíveis hospitalares, enfim, um sistema de saúde abandonado a sua sorte”.

Segundo o parlamentar, “é incompreensível, que num país como o nosso sejam contratados apenas 24 médicos, quando formamos mais médico por ano, o mesmo acontece com o sector da educação que tem contactado com um número insignificante de professores contratados, enquanto prevalecem turmas numerosas”.