O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, disse esta quarta-feira, em Maputo, que o Estado Geral Nação mostra que Moçambique criou bases sólidas para crescer nos anos que se seguem como um país competitivo, sustentável e inclusivo.
Nyusi, que falava, na Assembleia da República, durante a Sessão Solene alusiva à Informação do Chefe de Estado sobre o Estado Geral da Nação, sublinhou que a superação das adversidades macroeconómicas, sociais e naturais que assolaram Moçambique em 2023, mostraram “que somos um país forte e resiliente”.
A título ilustrativo, em 2023, segundo o Chefe de Estado, as instituições revelaram-se sólidas e indispensáveis para o engrandecimento da democracia moçambicana e consolidação do Estado de Direito.
No seu Informe Anual, Nyussi fez uma radiografia do país a diversos níveis desde o social, político, económico e cultural, bem como da política externa, tendo avançado algumas perspectivas para o ano de 2024.

Para o próximo ano, o Chefe de Estado garantiu que o Governo vai continuar a “calibrar a nossa política macro económica, assegurando a estabilidade macroeconómica, para que a economia seja cada vez mais robusta, sustentável e mais inclusiva, gerando empregos dignos”.
Para tal, segundo o Chefe do Estado, o Governo vai continuar a apostar no aumento da produção e produtividade através de diversificação da economia.
“As perspectivas económicas, num contexto de abrandamento da inflação e da estabilidade cambial, fruto de medidas restritivas ora implementadas, assim como num contexto de apoio ao Orçamento dos parceiros de cooperação e condições climatéricas normais, indicam um crescimento próximo a 5.5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, e trabalharemos arduamente para se alcançar ou mesmo superar esta projecção”, disse o Chefe de Estado.
Nyussi explicou que esta tendência será impulsionada pelo vigor da indústria extractiva, com reinício da fase do desenvolvimento dos módulos em terra do empoderamento do Golfinho Atum, na área 01, a capitalização dos corredores ferro-portuários face aos investimentos provenientes do programa SUTENTA e atraccão de investimentos produtivos na indústria e pescas.
Ainda no âmbito das perspectivas para o próximo ano, o Chefe de Estado moçambicano garantiu que será reforçado o desenvolvimento do capital humano, promovendo mais infraestruturas resilientes, consolidando o desenvolvimento dos sectores de saúde para que as populações tinham mais e melhores cuidados, da educação para maior inclusão no sistema de ensino, de água e habitação para um maior dignidade humana, sobretudo, dos jovens, para além de incremento da protecção social dos grupos vulneráveis e subir a esperança de vida dos moçambicanos.
“Tudo faremos para a contínua consolidação do nosso Estado de Direito Democrático, tornando-a forte e estável, visando sustentar as bases da nossa transformação”, disse o Chefe de Estado, assegurando a realização em 9 de Outubro de 2024, de mais um pleito eleitoral.

Num outro desenvolvimento do seu discurso, o Chefe de Estado concedeu um indulto a 897 condenados para regressar ao convívio das suas comunidades e anunciou para o ano de 2023 o pagamento de 30 por cento do salário base do funcionário e agente do Estado a ser disponibilizado nos meses de Janeiro e Fevereiro, respectivamente.
