O Primeiro Vice-Presidente da Assembleia da República (AR), Hélder Ernesto Injojo, desafiou, esta terça-feira (19), aos jovens parlamentares para que continuem a ser proactivos e criativos na massificação da divulgação das suas actividades e, sobretudo, da legislação que é aprovada pelo parlamento, aos jovens e ao país, mediante o uso das redes sociais e de uma linguagem que atinja aquela camada social.
Injojo, que falava em Maputo, durante a cerimónia da abertura do V Fórum da Juventude Parlamentar sublinhou que este Gabinete tem tido um papel polivalente e activo, reservando nas suas jornadas parlamentares acções de divulgação das leis estruturantes que vão sendo aprovadas, ao longo do ano parlamentar.
“Os jovens deputados devem, igualmente, criar mecanismos de interacção entre eles para a busca de formas mais eficazes de intervenção da juventude na Assembleia da República e nos Círculos Eleitorais em prol da agenda de desenvolvimento do país e o reforço na divulgação da legislação nacional sobre a juventude”, disse o 1º Vice-Presidente da AR.
Segundo afirma os jovens deputados têm ferramentas que são as mais preciosas e poderosas, por isso a juventude moçambicana, muito espera e muito vai, e deve, destes, exigir.
“Ser jovem deve continuar a ser, sinónimo de progresso, esperança e solidariedade”, disse Injojo, sublinhando que “para tal muito se espera dos jovens e, sobretudo, muito se espera do jovem parlamentar, uma vez que vocês são entre poucos com poderes efectivos para legislar para o bem-estar desta e das gerações vindouras”.
Para o 1º Vice-Presidente da AR, os jovens parlamentares são dos poucos que têm os poderes efectivos para fiscalizarem as acções do Governo, propondo o mais acertado, mas, sobretudo, têm o poder de levar até a esta Casa e à sociedade, no geral os anseios da juventude.
Injojo saudou aos jovens deputados pela escolha dos tópicos, para o V fórum da Juventude parlamentar e alertou que os trabalhos nos Círculos Eleitorais devem continuar a ser a verdadeira fonte de inspiração e acção da actividade parlamentar.
“Sem o contacto com os Círculos Eleitorais a razão de ser do deputado esvanece, tornamo-nos representantes, sem mandato. O contacto permanente com o Círculo Eleitoral e com os cidadãos deve ser uma das prioridades no nosso tripé parlamentar”, explicou.
O V Fórum da Juventude Parlamentar decorreu sob o lema “competências verdes para juventude: rumo a um mundo sustentável”, uma temática que segundo 1º Vice-Presidente da AR atrai a uma reflexão da necessidade de manutenção de um mundo sustentável e fica feliz em ver a juventude parlamentar a promover este tipo de agenda e assumindo como lema, a seu ver, e uma missão.
“A questão de um mundo sustentável passa inevitavelmente por colocarmos no topo das nossas agendas a energia verde, o que significa reinventarmo-nos como sociedade, face aos desafios das mudanças climáticas e outros inimigos do ambiente, é só lembrarmos dos vários ciclones que têm assolado o nosso país, a memória mais recente vai ao Freddy@, observou o deputado explicando que “isto significa buscarmos soluções para minimizarmos o drama das mudanças climáticas. E como jovens parlamentares essa exigência de solução é a dobrar”.
O 1º Vice-Presidente da AR instou, ainda, ao jovem parlamentar e a juventude moçambicana no geral sobre a necessidade de protecção do ambiente e o estímulo para o uso das energias renováveis, mas também o seu engajamento em pesquisas científicas, sobre mudanças climáticas e energias renováveis.
“Sabemos que ao nível dos vossos trabalhos de fiscalização parlamentar, além de interagirem com instituições vocacionadas com as preocupações da juventude, têm tido encontros pessoais com a nossa juventude. Nesses encontros como Parlamento e como direcção desta Casa encorajamos que seja feita passar mensagem amiga do ambiente e, desencorajando-se algumas práticas”, disse Injojo fazendo referência, por exemplo, às queimadas descontroladas, que por vezes sem justificação tem sido a procura de alimento para o auto-sustento.
Por sua vez, a presidente do Gabinete parlamentar da Juventude, Olivia Fernando Matavele, sublinhou que a escolha do lema para o V fórum tona-se relevante pelo facto de se estar num momento em que as questões ecológicas e climáticas são um enorme desafio para Moçambique, um dos países mais afectados no mundo.
“Só no presente ano acompanhamos com tristeza a ocorrência do ciclone Freddy, uma tempestade recorde de cinco semanas que atingiu o pais duas vezes, deixando cerca de 640 mil pessoas desabrigadas, destruições das infra-estruturas sociais e económicas vitais para o desenvolvimento do país”, disse Matavele.
Segunda Presidente do GJP a realização deste fórum é um momento ímpar de reflexão sobre as mudanças de comportamento, principalmente, na construção da resiliência climática económica e social, com o investimento a juventude.
No entanto, o Fórum visava, igualmente, debater, segundo a Presidente do Gabinete apreciar e aprovar as propostas do relatório de actividades do ano 2023 e do plano de actividades para o ano 2024 configurados nos objectivos e pilares estratégicos da Assembleia da República.
“Outro propósito é de garantir a formação, capacitação e desenvolvimento de acções que melhorem o nosso desempenho na Assembleia da República, nos círculos eleitorais”, disse.
O fórum de 1 dia debateu igualmente sobre os temas relativos ao dividendo demográfico assim como ao impacto e perspectiva da implementação, pelo Governo através da Secretaria do Estado da Juventude e Emprego, dos programas emprega e agora emprega.